Para Thallys a vida
significava festa. De segunda a sexta-feira trabalhava de atendente
administrativo no Tribunal de Justiça de DF. Nos finais de semana saía para
baladas, shows, micaretas e barzinhos. Uma vida normal de um rapaz de 26 anos
que tinha saúde de sobra, jogava futebol, nadava e malhava.
Em um domingo, seu programa já
estava marcado: dois churrascos. Thallys era muito conhecido no município onde
vivia (Cidade Ocidental – GO) e para qualquer festa que acontecesse, era
chamado. Então, naquele domingo, 4 de outubro de 2009, iria nos dois churrascos
perto de sua casa e para não se atrasar, saiu com pressa de casa.
Chegando à casa onde rolava a
festa, começou com uma cerveja e depois uma dose de vodca com energético. Como
era um domingo quente, o pessoal aproveitou para pular na piscina e Thallys
também. Ao todo, deu seis pulos na piscina e todos com sucesso. Porém, quando
foi dar o sétimo pulo, foi fatal: pegou uma distância maior, colocou os braços
para trás e pulou. Na hora em que pulou, percebeu que estava muito perto da
borda e que iria bater, por isso tentou proteger a cabeça com os braços, mas
não foi eficaz. Na hora Thallys apagou e a batida foi ouvida pelos amigos.
Por sorte, entre os amigos do
churrasco, havia um bombeiro. Tiraram-no da água e colocaram um colar cervical.
À espera da ambulância, Thallys acordou e não mexia mais nada, exceto o
pescoço. De seu município, foi levado para o Hospital Brasília, no Lago Sul.
Chegando lá, foi direto para a UTI, onde ficou em observação. No dia seguinte,
realizaram uma bateria de exames que teve como resultado a tetraplegia. Ele
teve uma fratura cervical na altura do pescoço, nas vétebras C6 e C7.
Ainda no hospital, fez uma
pequena cirurgia para colocar uma placa de titânio, o que ajudaria na
calcificação das vértebras fraturadas. E ali ficou 18 dias internado.
Do Hospital Brasília, Thallys
foi transferido para o Sarah, da Asa Sul. Lá, fez mais exames que deixou mais
claro sua tetraplegia que era incompleta, pois mexia algumas partes dos braços.
Porém, a vontade de voltar andar, fez com que Thallys se esforçasse durante os
45 dias que ficou internado. Em suas últimas semanas já tinha progredido,
conseguindo mexer o joelho.
Voltou para casa, em cadeira
de rodas, e continuou mais 30 dias com fisioterapia. Deu o seu máximo, e depois
de semanas, já estava usando o andador. Alegria pura para a família foi
transferido para outra unidade do Sarah, e lá aprendeu a se vestir e calçar os
tênis.
Thallys sabe que a sua luta
está apenas começando. As pernas ainda estão bambas, falta-lhe equilíbrio, e
ainda não tem muita força nos dedos. Foi uma brincadeira, uma falta de atenção,
que colocou sua vida em risco. Ele nunca imaginou que isso aconteceria com ele,
mas enfrentou as dificuldades impostas, as limitações que o acidente lhe deu e
lutou muito para voltar a andar. Esta história fica de exemplo e
conscientização para todos os brasileiros.
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2010/05/14/interna_cidadesdf,192331/index.shtml
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2010/05/14/interna_cidadesdf,192331/index.shtml
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